segunda-feira, junho 24, 2013

O que é o medo de perder?


A segurança nunca satisfaz — e na insegurança existe o medo, medo de perder o relacionamento. Mas isso faz parte de estar vivo. Tudo pode ser perdido, nada é certo, e é por isso que tudo é tão bonito. E é por isso que você não precisa adiar um único momento: se quiser amar uma pessoa, ame-a aqui e agora. Ame-a, porque ninguém sabe o que vai acontecer no momento seguinte.
No próximo momento poderá não haver mais a possibilidade de amar, e você vai se arrepender pelo resto da vida. Você poderia ter amado, poderia ter vivido. Então o remorso envolve a pessoa, que sente o arrependimento e uma culpa profunda, como se tivesse cometido o suicídio.

A vida é incerteza. Ninguém pode torná-la uma certeza. Não há como torná-la uma certeza. E é bom que ninguém possa torná-la uma certeza, ou então ela estaria morta. A vida é frágil, delicada, sempre indo para o desconhecido; essa é a beleza. É preciso ser corajoso, aventureiro.
A questão não é saber se o outro estará presente no momento seguinte, a questão é: se ele estiver disponível para você neste momento, ame-o. Não desperdice esse momento pensando e se preocupando com o futuro, porque isso é suicídio.

 Não gaste um único pensamento com o futuro, porque nada pode ser feito quanto a ele; portanto, é um completo desperdício de energia. Ame esse homem e seja amada por ele.
É assim que eu penso: se você viver este momento totalmente, é bem provável que no momento seguinte essa pessoa ainda esteja disponível. Eu quis dizer talvez — não posso prometer a você, apenas pode ser que ... Mas a possibilidade é maior, porque o momento seguinte será o resultado deste.

 Se você amou o homem e o homem se sentiu feliz, e o relacionamento foi uma experiência linda, um êxtase, então por que ele deixaria você?
Na verdade, se você continuar se preocupando, estará fazendo com que ele a deixe, forçando-o a isso. E se você desperdiçou este momento, o próximo momento será o resultado desse desperdício; ele será detestável.

 E é assim que alguém se torna previsível para si mesmo. Continua cumprindo as suas próprias profecias. No momento seguinte você diz: “Sim, eu estava dizendo desde o início que este relacionamento não iria durar. Agora está provado.” Você se sente muito bem de certa maneira; você sente que foi muito esperto e sábio.
Na verdade, você se enganou, porque você não previu nada. Você forçou os acontecimentos para que acontecessem, porque desperdiçou o tempo que lhe foi dado, a oportunidade.

 Portanto, ame a pessoa e esqueça o futuro. Simplesmente livre-se do absurdo de pensar nele. Se puder amar, ame. Se não puder amar, esqueça a pessoa, encontre outra, mas não perca tempo.
A questão não é este ou aquele amante; a questão é o amor. O amor satisfaz, as pessoas são apenas pretextos. Mas tudo depende de você, porque tudo o que fizer com uma pessoa vai continuar fazendo com outra.
Se você faz uma pessoa feliz, por que ela deixaria você? Mas se você a fizer infeliz, então por que ela não deixaria você? Se você a torna infeliz, então eu vou ajudá-la a deixar você! Mas se você a fizer feliz, ninguém poderá ajudá-la a deixar você; então, não há o que discutir; ela irá lutar contra o mundo inteiro por sua causa.

 Portanto, torne-se mais feliz. Use o tempo que você tem — e não haverá necessidade de pensar no futuro; o presente basta. Deste exato momento em diante, tente viver o momento.
Use o momento, não para se preocupar, mas para viver. As pequenas coisas podem tornar-se lindas. Um pequeno carinho, uma alegria compartilhada, isso é tudo o que a vida é.


Osho em Como confiar nos outros e em si mesmo

quarta-feira, junho 12, 2013

Ame!!

Não pense que o amor é eterno. Ele é muito frágil, tão frágil quanto uma rosa. Pela manhã, ela está ali; ao entardecer, ela se foi. E pequenas coisas podem destruí-la.

Quanto mais elevado for algo, mais frágil será. Ele precisa ser protegido. Uma pedra permanecerá, mas a flor irá embora. Se você atirar uma pedra na flor, a pedra não se machucará, mas a flor será destruída.

O amor é muito frágil, muito delicado. Você precisa ser muito cuidadoso e cauteloso com ele. Você pode causar tal dano que o outro se fecha, fica defensivo.

Se você estiver brigando muito, seu parceiro começará a escapar; vai se tornar cada vez mais frio e fechado, de modo a não ficar mais vulnerável a seu ataque. Então, você o atacará ainda mais, porque você resistirá a essa frieza.

Isso pode se tornar um círculo vicioso, e é assim que as pessoas enamoradas pouco a pouco se separam. Elas se afastam uma da outra e acham que a outra foi a responsável, que a outra a traiu.

Na verdade, como percebo, nenhuma pessoa enamorada jamais traiu alguém. É somente a ignorância que mata o amor. Ambas queriam ficar juntas, mas ambas eram ignorantes. A ignorância delas fez com que entrassem em jogos psicológicos, e esses jogos se multiplicaram.


Osho

feliz dia dos enamorados!!!

segunda-feira, junho 10, 2013

Posso ser seu namorado ou continuo sendo apenas seu marido?



Nossa cultura romanceia o namoro,

mas imagina o casamento como



se fosse uma "tumba do amor"

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Certa vez no Dia dos Namorados, um amigo mandou flores para sua mulher com este bilhete: "Posso ser seu namorado ou continuo sendo apenas seu marido?".

A frase foi bem recebida. É que, para nós, "namorado e namorada" pode ser muito mais do que "marido e mulher". Em regra, nossa cultura romanceia o namoro, mas imagina o casamento como uma tragicômica "tumba do amor".

 

Uma mulher me lembrou, com razão, que até esse tal casal que vale a pena pode acabar. E perguntou: por quê?

Existe uma sabedoria popular resignada sobre a duração de um casal. Os sentimentos do namoro viveriam, no casamento, uma decadência progressiva inelutável. E os casais continuariam unidos mais por inércia do que por gosto.

Alguns dizem que a rotina e a proximidade desgastam os sentimentos. Ou seja, o apaixonamento sempre é fruto de alguma idealização, e de perto ninguém parece ideal por muito tempo. Será que o remédio seria manter a distância para não enxergar as falhas do outro?

Respondo: amar não significa não enxergar os defeitos do outro, mas achar graça neles. Uma amiga perde um celular por semana; ela sabe que uma relação amorosa está acabando no dia em que seu homem, em vez de achar graça na sua desatenção, irrita-se com seu descuido.

Outros acusam o tédio. A novidade (valor mor da modernidade industrial) seria o ingrediente essencial (e, por definição, efêmero) do casal feliz. Ou seja, felizes são só os recém-casados.

Respondo: todos nós, neuróticos, amamos a repetição e a praticamos com afinco. A rotina, portanto, não deveria nos afastar do amor.

Volto, portanto, à pergunta: por que um casal acaba? Os casais não morrem nunca de morte natural, mas por falta de cuidados, de atenções e de esforços.

 
Não é preciso que haja discordância brutal, traição ou desamor para que um casal se perca. Claro, é sempre possível racionalizar e apontar causas: no caso do filme, ao longo dos cinco anos, talvez ela tenha "crescido" profissionalmente (como se diz) e alimente agora ambições que ele não pode compartilhar porque, para ele, o casamento e a filha continuam sendo as únicas coisas que importam. Pode ser.

Mas talvez o fim de um amor seja um fenômeno tão misterioso quanto o apaixonamento. Talvez existam duas mágicas opostas, igualmente incontroláveis, uma que faz e outra que desfaz.
 

quinta-feira, junho 06, 2013

Você consegue imaginar um planeta onde o medo não existe?





Se você pudesse ter um mundo só seu como ele seria?

Depois de anos ouvindo as respostas das pessoas, tal como: um mundo sem guerras, um mundo sem brigas, um mundo colorido, um mundo que não anoitece,  um mundo sem fronteiras, um mundo de paz... parei para refletir em uma resposta:

Um mundo onde não existisse medo.

Imagina a dimensão disso?

O que representa viver sem medo? Já parou para pensar nisso?

Há algo em você que você nega existir. Algo tão forte que faz você levantar todos os dias. O motivo maior que te faz aguentar o trabalho que você não gosta, aturar um casamento sem amor, em fim. Você aguenta  porque você quer ser visto como o mais atraente, mais legal, mais sedutor, mais inteligente.  Isso é quase um desejo compulsivo: a necessidade de aprovação, que vem do medo de ser rejeitado, abandonado.

Isso acontece pois o ego é vaidoso, e ao mesmo tempo trapaceiro. O que ele pensa se mistura com o que você pensa. A necessidade das pessoas de proteger seu próprio ego não conhece limites. Elas mentem, roubam, enganam, matam, fazem o que for preciso para manter o que chamamos de fronteiras do ego. As pessoas não têm ideia de que estão numa prisão, não sabem que há um ego, não conhecem a diferença. Primeiro, é muito difícil para a mente aceitar que há algo além dela mesma. Algo mais valioso e mais capaz de discernir a verdade em si.

O ego é aquele que tem medo e que impede de transcender algumas regras, por vezes necessária para alcançar um amadurecimento.

Explico..

O medo é um fenômeno psicológico, desenvolvido em nossa mente em decorrência de uma combinação de traumas, expectativas e receios. Embora possamos tentar nos afastar dele, se a crença que o alimenta não for alterada ele continuará habitando nosso inconsciente. Não há como refugiar-se é preciso enfrentá-lo. Mas enfrentá-lo de que maneira? Primeiro aceite a idéia de que você possa realmente estar com medo e em seguida, busque toda informação possível que esclareça seus pormenores.

O Medo adoece e emburrece, pois ele reprime suas emoções e sentimentos. Você se acoa e trava. A mente não funciona e você se torna um DEPENDENTE! Similar a um viciado.

O Hemisfério Esquerdo do cérebro condicionado a não dar ouvidos ao Hemisfério Direito. Tudo precisa estar sob controle, ser controlável e previsível. Quando não há mais certezas, se perde o controle e a mente se desespera. O medo que nos é imputado pelo meio sistêmico em que vivemos, nos coloca nesses moldes sociais. Quem quer controle TEME! Quem manipula é com base no MEDO! A mente nos mente quando não se abre. Ela se fecha ao Hemisfério Esquerdo e nos prega peças, nos engana e nos ilude!

Pense agora: O que você faria hoje se não tivesse MEDO?

Quantas coisas você tem deixado de fazer por sentir medo?

Deixaria o emprego?

Viajaria pelo mundo?

Se declararia para aquele grande amor?

Se entregaria a uma paixão?
 


Deixo um vídeo que espero trazer sentido a nossas escolhas, que ainda são muito baseadas em nossos medos.

 "O que é o medo, então? O medo é o sentimento de não estar ligado à existência. Eis a definição de medo: medo é um sentimento de falta de contato com a existência. Você fica sozinho, uma criança chorando sozinha em casa, a mãe e o pai e toda a família saíram para ir ao cinema. A criança chora e soluça no berço. Foi deixada sozinha sem nenhum contato, ninguém para protegê-la, ninguém para lhe dar conforto, ninguém para amá-la; uma solidão, uma solidão imensa a envolve. Eis o estado de medo.

Isso ocorre porque você chegou a um ponto em que não deixa que o amor aconteça.

Toda a humanidade foi treinada para outras coisas, não para o amor. Para matar, fomos treinados. E os exércitos existem, anos de treinamento para matar! Para calcular, fomos treinados; faculdades, universidades, anos de treinamento só para aprender a calcular de forma que ninguém possa enganar você, mas você possa enganar os outros."

Osho



 

O filho do outro é um presente

  Se você se relaciona com alguém que tem filhos saiba que tudo que esse filho traz junto com ele é, de algum forma, um tipo de aprendizado ...