quarta-feira, novembro 21, 2012

Sobre a adoção

Pais e Filhos"Quando os filhos não podem ser criados por seus próprios pais, a melhor alternativa serão provavelmente os avós. Estes, em geral, se aproximam mais das crianças. Se conseguem atraí-las, quase sempre cuidam muito bem delas - e a devolução aos pais é bem mais fácil.
Não havendo avós vivos, ou caso eles não possam assumir o encargo, a próxima escolha é usualmente uma tia ou um tio. A adoção é o último recurso, e só deve ser cogitada quando ninguém da família está disponível."

 Se os pais adotivos agirem pensando somente no bem-estar da criança, a adoção provavelmente terá uma boa possibilidade de sucesso.
Mas geralmente os pais adotam por outros motivos como, por exemplo, não poderem ter filhos e assim "solicitam" à criança que os protejam de sua frustação. Quando é esse o caso, o fluxo básico do dar e receber fica comprometido e os pais sofrerão as consequências de seus atos ou sofrerão os filhos."


 Bert Hellinger, A Simetria Oculta do Amor, Ed. Cultrix.
 

sábado, novembro 10, 2012

O extrovertido e o introvertido


Jung escreveu sobre a tipologia humana que, segundo ele, "tipo é uma disposição geral que se observa nos indivíduos, caracterizando-os quanto a interesses, preferencias e habilidades."

Não há o objetivo de dividir as pessoas em padrões mas pode ser usado como um quadro de referencias.

São várias características descritas por ele mas vou falar somente do extrovertido e o introvertido. Quando esses dois se encontram, caso não entendam as diferenças entre si, pode haver confusão, principalmente se são casais.

Essas atitudes referem-se ao modo como cada um de nós prefere se relacionar com o mundo, o jeito mais confortável.

O Introvertido não é aquele do senso comum, fechado dentro de casa, depressivo.

Ele está preocupado em retirar energia do objeto
enquanto o extrovertido se norteia pelo objeto, amplificando o seu valor.

O introvertido é aquele que quando está muito cansado precisa parar, dormir, ler um livro para recuperar as energias.

Ao contrário, o extrovertido recompõe suas energias saindo, vendo gente, fazendo coisas.

O introvertido foca sua atenção no mundo interno de representações, ideias e sentimentos.

O extrovertido foca sua atenção no mundo externo de fatos, pessoas e coisas.

Acho que não preciso nem dizer qual é a mais valorizada pela nossa cultura ocidental: a extrovertida.


As pessoas valorizam tanto que nem permitir que alguém chore em velório, vivencie o luto, se guarde até passar a dor da perda, nossa sociedade permite.

É muito comum quando há uma dor grande ouvir conselhos de ir ao shopping, a um bar, deixar isso pra lá. Sei que é natural querermos evitar o sofrimento mas fingir que não acontece não quer dizer necessariamente evitar.

Ambas atitudes tem pontos positivos e negativos.


 O Extrovertido foca seu interesse no mundo externo e corre o risco de acomodar-se ao meio e caminhar junto a ele o que pode fazer com que se esqueça de si, desgasta-se exageradamente podendo chegar a um ponto de exaustão.

Ele também precisa usar processos de introversão para não perder o contato com seus sentimentos e pensamentos. Ele tende a ser impulsivo; é sociável, primeiro age depois pensa; reage prontamente aos estímulos externos.

O Introvertido tende a focar sua atenção ao seu mundo interno e isso é bom no sentido que os aspectos subjetivos da realidade são tão reais quanto os aspectos objetivos.


Por isso não podemos ignorá-los. O introvertido não é necessariamente egocêntrico ou egoísta pois a disposição introvertida já existe antes da estruturação do ego.

Ele prefere compreender o mundo primeiro, antes de vivenciá-lo. Ser introvertido não é ser tímido: há extrovertidos que apesar de ficarem bem atentos ao mundo ao seu redor, são timidos pois a timidez tem a ver com o receio do que o outro vai pensar.

Há introvertidos que não tem receio da rejeição de outros. É hesitante e subjetivo; tem postura reservada e questionadora; primeiro pensa depois age.

Enfim, quando conhecer alguém, lembre-se que uma dessas duas atitudes é predominante nesta pessoa. Não que ela não tenha a outra mas com certeza uma predomina. Isso pode explicar muitos dos nossos comportamentos, antes que possamos julgar alguém.

sábado, novembro 03, 2012

Não apresse o rio, ele corre sozinho!



"A vida para mim é um rio tranquilo cantando suas canções o tempo todo. A felicidade é um dom na minha vida, um acordo feliz com o Criador."
 
Marcelo Bandeira

O filho do outro é um presente

  Se você se relaciona com alguém que tem filhos saiba que tudo que esse filho traz junto com ele é, de algum forma, um tipo de aprendizado ...