A segurança
nunca satisfaz — e na insegurança existe o medo, medo de perder o
relacionamento. Mas isso faz parte de estar vivo. Tudo pode ser perdido, nada é
certo, e é por isso que tudo é tão bonito. E é por isso que você não precisa
adiar um único momento: se quiser amar uma pessoa, ame-a aqui e agora. Ame-a,
porque ninguém sabe o que vai acontecer no momento seguinte.
No próximo
momento poderá não haver mais a possibilidade de amar, e você vai se arrepender
pelo resto da vida. Você poderia ter amado, poderia ter vivido. Então o remorso
envolve a pessoa, que sente o arrependimento e uma culpa profunda, como se
tivesse cometido o suicídio.
A vida é
incerteza. Ninguém pode torná-la uma certeza. Não há como torná-la uma certeza.
E é bom que ninguém possa torná-la uma certeza, ou então ela estaria morta. A
vida é frágil, delicada, sempre indo para o desconhecido; essa é a beleza. É
preciso ser corajoso, aventureiro.
A questão
não é saber se o outro estará presente no momento seguinte, a questão é: se ele
estiver disponível para você neste momento, ame-o. Não desperdice esse momento
pensando e se preocupando com o futuro, porque isso é suicídio.
Não gaste
um único pensamento com o futuro, porque nada pode ser feito quanto a ele;
portanto, é um completo desperdício de energia. Ame esse homem e seja
amada por ele.
É assim que
eu penso: se você viver este momento totalmente, é bem provável que no momento
seguinte essa pessoa ainda esteja disponível. Eu quis dizer talvez — não posso
prometer a você, apenas pode ser que ... Mas a possibilidade é maior, porque o
momento seguinte será o resultado deste.
Se você
amou o homem e o homem se sentiu feliz, e o relacionamento foi uma experiência
linda, um êxtase, então por que ele deixaria você?
Na verdade,
se você continuar se preocupando, estará fazendo com que ele a deixe,
forçando-o a isso. E se você desperdiçou este momento, o próximo momento será o
resultado desse desperdício; ele será detestável.
E é assim
que alguém se torna previsível para si mesmo. Continua cumprindo as suas
próprias profecias. No momento seguinte você diz: “Sim, eu estava dizendo desde
o início que este relacionamento não iria durar. Agora está provado.” Você se
sente muito bem de certa maneira; você sente que foi muito esperto e sábio.
Na verdade,
você se enganou, porque você não previu nada. Você forçou os acontecimentos
para que acontecessem, porque desperdiçou o tempo que lhe foi dado, a
oportunidade.
Portanto,
ame a pessoa e esqueça o futuro. Simplesmente livre-se do absurdo de pensar
nele. Se puder amar, ame. Se não puder amar, esqueça a pessoa, encontre outra,
mas não perca tempo.
A questão
não é este ou aquele amante; a questão é o amor. O amor satisfaz, as pessoas
são apenas pretextos. Mas tudo depende de você, porque tudo o que fizer com uma
pessoa vai continuar fazendo com outra. Se você faz
uma pessoa feliz, por que ela deixaria você? Mas se você a fizer infeliz, então
por que ela não deixaria você? Se você a torna infeliz, então eu vou ajudá-la a
deixar você! Mas se você a fizer feliz, ninguém poderá ajudá-la a deixar você;
então, não há o que discutir; ela irá lutar contra o mundo inteiro por sua
causa.
Portanto,
torne-se mais feliz. Use o tempo que você tem — e não haverá necessidade de
pensar no futuro; o presente basta. Deste exato momento em diante, tente viver
o momento.
Use o
momento, não para se preocupar, mas para viver. As pequenas coisas podem tornar-se
lindas. Um pequeno carinho, uma alegria compartilhada, isso é tudo o que a vida
é.
Não pense que o amor é eterno. Ele é muito frágil, tão frágil quanto uma rosa. Pela manhã, ela está ali; ao entardecer, ela se foi. E pequenas coisas podem destruí-la.
Quanto mais elevado for algo, mais frágil será. Ele precisa ser protegido. Uma pedra permanecerá, mas a flor irá embora. Se você atirar uma pedra na flor, a pedra não se machucará, mas a flor será destruída.
O amor é muito frágil, muito delicado. Você precisa ser muito cuidadoso e cauteloso com ele. Você pode causar tal dano que o outro se fecha, fica defensivo.
Se você estiver brigando muito, seu parceiro começará a escapar; vai se tornar cada vez mais frio e fechado, de modo a não ficar mais vulnerável a seu ataque. Então, você o atacará ainda mais, porque você resistirá a essa frieza.
Isso pode se tornar um círculo vicioso, e é assim que as pessoas enamoradas pouco a pouco se separam. Elas se afastam uma da outra e acham que a outra foi a responsável, que a outra a traiu.
Na verdade, como percebo, nenhuma pessoa enamorada jamais traiu alguém. É somente a ignorância que mata o amor. Ambas queriam ficar juntas, mas ambas eram ignorantes. A ignorância delas fez com que entrassem em jogos psicológicos, e esses jogos se multiplicaram. Osho feliz dia dos enamorados!!!
Certa vez no Dia dos Namorados, um amigo mandou flores para sua mulher com este bilhete: "Posso ser seu namorado ou continuo sendo apenas seu marido?".
A frase foi bem recebida. É que, para nós, "namorado e namorada" pode ser muito mais do que "marido e mulher". Em regra, nossa cultura romanceia o namoro, mas imagina o casamento como uma tragicômica "tumba do amor".
Uma mulher me lembrou, com razão, que até esse tal casal que vale a pena pode acabar. E perguntou: por quê?
Existe uma sabedoria popular resignada sobre a duração de um casal. Os sentimentos do namoro viveriam, no casamento, uma decadência progressiva inelutável. E os casais continuariam unidos mais por inércia do que por gosto.
Alguns dizem que a rotina e a proximidade desgastam os sentimentos. Ou seja, o apaixonamento sempre é fruto de alguma idealização, e de perto ninguém parece ideal por muito tempo. Será que o remédio seria manter a distância para não enxergar as falhas do outro?
Respondo: amar não significa não enxergar os defeitos do outro, mas achar graça neles. Uma amiga perde um celular por semana; ela sabe que uma relação amorosa está acabando no dia em que seu homem, em vez de achar graça na sua desatenção, irrita-se com seu descuido.
Outros acusam o tédio. A novidade (valor mor da modernidade industrial) seria o ingrediente essencial (e, por definição, efêmero) do casal feliz. Ou seja, felizes são só os recém-casados.
Respondo: todos nós, neuróticos, amamos a repetição e a praticamos com afinco. A rotina, portanto, não deveria nos afastar do amor.
Volto, portanto, à pergunta: por que um casal acaba? Os casais não morrem nunca de morte natural, mas por falta de cuidados, de atenções e de esforços.
Não é preciso que haja discordância brutal, traição ou desamor para que um casal se perca. Claro, é sempre possível racionalizar e apontar causas: no caso do filme, ao longo dos cinco anos, talvez ela tenha "crescido" profissionalmente (como se diz) e alimente agora ambições que ele não pode compartilhar porque, para ele, o casamento e a filha continuam sendo as únicas coisas que importam. Pode ser.
Mas talvez o fim de um amor seja um fenômeno tão misterioso quanto o apaixonamento. Talvez existam duas mágicas opostas, igualmente incontroláveis, uma que faz e outra que desfaz.
Se você
pudesse ter um mundo só seu como ele seria?
Depois de
anos ouvindo as respostas das pessoas, tal como: um mundo sem guerras, um mundo
sem brigas, um mundo colorido, um mundo que não anoitece, um mundo sem fronteiras, um mundo de paz...
parei para refletir em uma resposta:
Um mundo
onde não existisse medo.
Imagina a
dimensão disso?
O que
representa viver sem medo? Já parou para pensar nisso?
Há algo em
você que você nega existir. Algo tão forte que faz você levantar todos os dias.
O motivo maior que te faz aguentar o trabalho que você não gosta, aturar um
casamento sem amor, em fim. Você aguentaporque você quer ser visto como o mais atraente, mais legal, mais
sedutor, mais inteligente.Isso é quase
um desejo compulsivo: a necessidade de aprovação, que vem do medo de ser
rejeitado, abandonado.
Isso
acontece pois o ego é vaidoso, e ao mesmo tempo trapaceiro. O que ele pensa se
mistura com o que você pensa. A necessidade das pessoas de proteger seu próprio
ego não conhece limites. Elas mentem, roubam, enganam, matam, fazem o que for
preciso para manter o que chamamos de fronteiras do ego. As pessoas não têm
ideia de que estão numa prisão, não sabem que há um ego, não conhecem a
diferença. Primeiro, é muito difícil para a mente aceitar que há algo além dela
mesma. Algo mais valioso e mais capaz de discernir a verdade em si.
O ego é
aquele que tem medo e que impede de transcender algumas regras, por vezes
necessária para alcançar um amadurecimento.
Explico..
O medo é um
fenômeno psicológico, desenvolvido em nossa mente em decorrência de uma
combinação de traumas, expectativas e receios. Embora possamos tentar nos
afastar dele, se a crença que o alimenta não for alterada ele continuará
habitando nosso inconsciente. Não há como refugiar-se é preciso enfrentá-lo.
Mas enfrentá-lo de que maneira? Primeiro aceite a idéia de que você possa
realmente estar com medo e em seguida, busque toda informação possível que
esclareça seus pormenores.
O Medo
adoece e emburrece, pois ele reprime suas emoções e sentimentos. Você se acoa e
trava. A mente não funciona e você se torna um DEPENDENTE! Similar a um
viciado.
O
Hemisfério Esquerdo do cérebro condicionado a não dar ouvidos ao Hemisfério
Direito. Tudo precisa estar sob controle, ser controlável e previsível. Quando
não há mais certezas, se perde o controle e a mente se desespera. O medo que
nos é imputado pelo meio sistêmico em que vivemos, nos coloca nesses moldes
sociais. Quem quer controle TEME! Quem manipula é com base no MEDO! A mente nos
mente quando não se abre. Ela se fecha ao Hemisfério Esquerdo e nos prega
peças, nos engana e nos ilude!
Pense agora:
O que você faria hoje se não tivesse MEDO? Quantas coisas você tem deixado de fazer por sentir medo?
Deixaria o
emprego?
Viajaria
pelo mundo?
Se
declararia para aquele grande amor?
Se
entregaria a uma paixão?
Deixo um vídeo
que espero trazer sentido a nossas escolhas, que ainda são muito baseadas em
nossos medos.
"O que é o medo, então? O medo é o sentimento de não estar ligado à existência. Eis a definição de medo: medo é um sentimento de falta de contato com a existência. Você fica sozinho, uma criança chorando sozinha em casa, a mãe e o pai e toda a família saíram para ir ao cinema. A criança chora e soluça no berço. Foi deixada sozinha sem nenhum contato, ninguém para protegê-la, ninguém para lhe dar conforto, ninguém para amá-la; uma solidão, uma solidão imensa a envolve. Eis o estado de medo.
Isso ocorre porque você chegou a um ponto em que não deixa que o amor aconteça.
Toda a humanidade foi treinada para outras coisas, não para o amor. Para matar, fomos treinados. E os exércitos existem, anos de treinamento para matar! Para calcular, fomos treinados; faculdades, universidades, anos de treinamento só para aprender a calcular de forma que ninguém possa enganar você, mas você possa enganar os outros." Osho