quarta-feira, fevereiro 29, 2012

Você é vítima?



O preço da liberdade
A vítima é a pessoa que se sente inferior à realidade, é a pessoa que se sente esmagada pelo mundo externo, desgraçada face aos acontecimentos, é aquela que se acostuma a ver a realidade apenas em seus aspectos negativos.
 Ela sempre sabe o que não deve, o que não pode, o que não dá certo.

 Ela tem uma capacidade incrível em diagnosticar os problemas existentes.
Há nela uma incapacidade estrutural de procurar o caminho das soluções e, neste sentido, ela transfere os seus problemas para os outros; transfere para as circunstâncias, para o mundo exterior, a responsabilidade do que está lhe acontecendo.

Esta é a postura da justificativa. Justificar-se é o sinal de que não queremos mudar. Para não assumirmos o erro, justificamo-nos, ou seja, transformamos o que está errado em injusto e, de justificativa em justificativa, paralisamo-nos, impedimo-nos de crescer.

A vítima é incompetente na sua relação com o mundo externo. Enquanto colocarmos a responsabilidade total dos nossos problemas em outras pessoas e circunstâncias, tiraremos de nós mesmos a possibilidade de crescimento. Em vez disso, vamos procurar mudar as outras pessoas.

Este tipo de postura provém do sentimento de solidão. É quando não percebemos que somos responsáveis pela nossa própria vida, por seus altos e baixos, seu bem e seu mal, suas alegrias e tristezas; é quando a nossa felicidade se torna dependente da maneira como os outros agem. E como as pessoas não agem segundo nosso padrão, sentimo-nos infelizes e sofredores.


A postura de vítima é a máscara que usamos para não assumirmos a realidade difícil, quando ela se apresenta. É a falta de vontade de crescer, de mudar..

 Toda relação humana é bilateral: nós e a sociedade, nós e a família, nós e o que nos cerca. O maior mal que fazemos a nós próprios é usarmos as limitações de outras pessoas do nosso relacionamento para não aceitarmos a nossa própria parte negativa.

Assim, usamos o sistema como bode expiatório para a nossa acomodação no sofrimento. A vítima é a pessoa que transformou sua vida numa grande reclamação. Seu modo de agir e de estar no mundo é sempre uma forma queixosa, opção que é mais cômoda do que fazer algo para resolver os problemas. A vítima usa o próprio sofrimento para controlar o sentimento alheio; ela se coloca como dominada, como fraca, para dominar o sentimento das outras pessoas.

Você é vítima se sofre de uma doença chamada perfeccionismo, que é a não aceitação dos erros humanos, a intolerância com a imperfeição humana, a vítima desiste do próprio crescimento. Ela se tortura com a idéia perfeccionista, com a imagem de como deveria ser, e tortura também os outros relativamente àquilo que as outras pessoas deveriam ser.

Há na vítima uma tentativa de enquadrar o mundo no modelo ideal que ela própria criou, e sempre que temos um modelo ideal na cabeça é para evitarmos entrar em contato com a realidade. A vítima não se relaciona com as pessoas aceitando-as como são, mas da maneira que ela gostaria que fossem. É comum querermos que os outros sejam aquilo que não estamos conseguindo ser, desejar que o filho, a mulher e o amigo sejam o que nós não somos.
Colocar-se como vítima é uma forma de se negar na relação humana. Por esta postura, não estamos presentes, não valemos nada, somos meros objetos da situação.

Querendo ser o todo, colocamo-nos na situação de sermos nada. Todavia, as dificuldades e limitações do mundo externo são apenas um desafio ao nosso desenvolvimento...


Assim, quanto pior for um doente, tanto mais competente deve ser o médico; quanto pior for um aluno, mais competente deve ser o professor. Assim também, quanto pior for o sistema ou a sociedade que nos cerca, mais competentes devemos ser com pessoas que fazem parte desta sociedade; quanto pior for nosso filho, mais competentes devemos ser como pai ou mãe; quanto pior for a nossa mulher, mais competentes devemos ser como marido; quanto pior for nosso marido, mais competentes devemos ser como esposa, e assim por diante. Desta forma, colocamo-nos em posição de buscar o crescimento e tomamos a deficiência alheia como incentivo para nossas mudanças existenciais.

Só podemos crescer naquilo que nós somos, naquilo que nos pertence. A nossa fantasia está em querermos mudar o mundo inteiro para sermos felizes.

 Não raras vezes, atribuímos à sociedade atual, ao mundo, a causa de nossas atribulações e problemas. Talvez seja esta a mais comum das posturas da vítima: generalizar para não resolver.

 Dizer, por exemplo, que somos pressionados pela sociedade a levar uma vida que não nos satisfaz, é colocar o problema de maneira insolúvel. Todavia, perguntar a nós mesmos quais são as pessoas que concretamente estão nos pressionando para fazer o que nos desagrada, pode ajudar a trazer uma solução.

Só podemos lidar com a sociedade em termos concretos, palpáveis. Conforme nos relacionamos com cada pessoa, em cada lugar, em cada momento, estamos nos relacionando com a sociedade, porque cada pessoa específica, num determinado lugar e momento, é a sociedade para nós naquela hora.


Colocar-se como vítima é economizar coragem para assumir a limitação humana, é não querer entender que a morte antecede a vida, que a semente morre antes de nascer, que a noite antecede o dia.

A vítima transforma as dificuldades em conflito, a sua vida num beco sem saída. Ser vítima é querer fugir da realidade, do erro, da imperfeição, dos limites humanos. Todas as evidências da nossa vida demonstram que o erro existe, existe em nós, nos outros e no mundo. Neurótica é a pessoa que não quer ver o óbvio.

A vítima é uma pessoa orgulhosa que veste a capa da humildade. O orgulho dela vem de acreditar que ela é perfeita e que os outros é que não prestam. Crê que se o mundo não fosse do jeito que é‚ se sua esposa não fosse do jeito que é‚ se seus filhos não fossem do jeito que são, se o seu marido fosse diferente, ela estaria bem, porque ela, a vítima, é boa, os outros é que têm deficiências, apenas os outros têm que mudar.

A esse jogo chama-se o "Jogo da Infelicidade". A vítima é uma pessoa que sofre e gosta de fazer os outros sofrerem com o sofrimento dela, é a pessoa que usa suas dificuldades físicas, afetivas, financeiras, conjugais, profissionais, não para crescer, mas para permanecer nelas e, a partir disso, fazer chantagem emocional com as outras pessoas.

A vítima é a pessoa que ainda não se perdoou por não ser perfeita e transformou o sofrimento num modo de ser, num modo de se relacionar com o mundo. É como se olhasse para a luz e dissesse: "Que pena que tenha a sombra...", é como se olhasse para a vida e dissesse: "Que pena que haja a morte...", é como se olhasse para o sim e dissesse: "Que pena que haja o não...". E se nega a admitir que a luz e a sombra são faces de uma mesma moeda, que a vida é feita de vales e de montanhas.

Não são as circunstâncias que nos oprimem, mas, sim, a maneira como nos posicionamos diante delas, porque nas mesmas circunstâncias em que uns procuram o caminho do crescimento, outros procuram o caminho da loucura, da alienação.

As circunstâncias são as mesmas, o que muda é a disposição para o alvorecer e para o desabrochar, ou para murchar e fenecer.

Antônio Roberto Soares é psicólogo e rosacruz, autor de "Desenvolvimento Comportamental"curso gravado em fitas cassetes.

segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Traição


Há apenas uma traição e ela consiste em trair sua própria vida.

Não há outra traição. Se você continuar a viver com um cônjuge resmungão, possessivo, sem qualquer amor, você estará destruindo suas próprias oportunidades.

Permaneça fiel a si mesmo – essa é a única fé necessária – e tudo estará bem.

Osho

sábado, fevereiro 25, 2012

Re-começo



"Você já se sentiu como um saco plástico flutuando pelo vento querendo começar de novo?
Você já se sentiu frágil, como um castelo de cartas a um sopro de desmoronar?
Você já se sentiu enterrado, gritando sob sete palmos mas ninguém parece ouvir nada?
Você sabe que ainda há uma chance para você?
Porque há uma faísca em você, você só tem que acendê-la e deixá-la brilhar.
Apenas domine a noite, como o dia da independência.
 ... você é um fogo de artifício, vá em frente, mostre o que você vale."
Katy Perry

Ainda dá tempo
de fazer planos para o ano novo
de acreditar em você
Aproveite, pois no nosso país dizem que o ano só começa depois do carnaval
ReComece!

domingo, fevereiro 19, 2012

O que é transtorno bipolar?

Transtorno bipolar sintomas e tratamento1 Transtorno Bipolar Sintomas e Tratamento


O distúrbio bipolar conhecido também como depressão maníaca envolve mudanças dramáticas de humor, é muito mais do que sentir bem ou mal, os ciclos do distúrbio bipolar duram dias, semanas, e às vezes meses.

Ao contrário das mudanças normais de humor, o distúrbio bipolar é muito mais intenso e destrutivo no funcionamento diário, afetando a energia, os níveis de atividades, julgamentos e comportamentos.

Durante um episódio maníaco, o individuo pode sentir-se impulsionado a deixar o seu emprego, levantar grandes quantidades de dinheiro, ou sentir-se descansado depois de duas horas de sono.

Durante um episódio depressivo, o individuo tende a acordar com um sentimento de impotência e falta de esperança.
A desordem bipolar é mais comum do que se imagina, afetando três adultos em cada 100, de acordo com os especialistas.
As suas causas ainda não são completamente compreendidas, há evidências de que fatores genéticos possam influenciar no aparecimento da doença.

O primeiro episódio maníaco ou depressivo ocorre na adolescência ou nos primeiros anos da vida adulta.

Todas as pessoas têm seus altos e baixos, dias bons e dias maus, mas quando se sofre de desordem bipolar, estas variações são muito mais aguçadas, os altos e baixos extremos da desordem bipolar podem afetar atividades diárias e comprometer relações.
A desordem bipolar possui algumas fases como a fase hipomania que é um pouco menos marcante que a mania, as pessoas num estado hipomaníaco sentem-se eufóricas, enérgicas e produtivas, os seus sintomas são mais moderados do que os sintomas de mania, não impedindo a rotina normal do dia-a-dia.

A fase hipomaníaca para algumas pessoas pode parecer apenas uma fase de extremo bom-humor, contudo a hipomania quase sempre é antecedida de um estado maníaco ou de um estado depressivo.

A fase depressiva da desordem bipolar é idêntica a uma depressão comum, contudo, existem algumas diferenças, pois a depressão bipolar tende a manifestar em sintomas de cansaço e falta de energia, os indivíduos na fase depressiva tendem a falar com voz arrastada e a dormir muito, sofre o risco de ter depressão psicótica, uma condição na qual perdem o contacto com a realidade.

Sintomas e sinais comuns de depressão bipolar:
Fadiga ou falta de energia, sentimento de impotência, dormir demasiado ou muito pouco, tristeza ou vazio, perda de interesse por atividades, dificuldades de concentração e de memorização, sentimentos de culpa, lentidão mental e física, mudanças de apetite e de peso, pensamentos acerca da morte ou suicídio.
Transtorno bipolar sintomas e tratamento3 Transtorno Bipolar Sintomas e Tratamento

Sinais e sintomas de um episódio misto de desordem bipolar conjugam sintomas de mania e de depressão.
Os sinais mais comuns são:
Agitação, insônia, irritabilidade, perda de contacto com a realidade, mudança de apetite; tendências suicidas.
A doença tem tratamento, mas muitas pessoas não reconhecem os sinais de alarme, visto que a desordem bipolar tende a piorar quando não é tratada, é importante aprender mais acerca dos sintomas, e reconhecer o problema é o primeiro passo para controlar a desordem.

O remédio mais utilizado para o tratamento do transtorno bipolar é carbonato de lítio, ele funciona mantendo o equilíbrio químico no cérebro para prevenir variações de humor. É essencial o monitoramento contínuo dos níveis de medicamentos no corpo e seus efeitos colaterais, leva-se tempo até determinar a dosagem correta de medicação, mas o transtorno bipolar pode ser tratado com sucesso e segurança com medicamentos, sempre aliado à psicoterapia.

Transtorno bipolar sintomas e tratamento Transtorno Bipolar Sintomas e Tratamento
Outra forma de tratamento da doença é através da psicoterapia o individuo com transtorno bipolar pode aprender a lidar com situações e pessoas de modo a evitar episódios maníaco-depressivos, e também a terapia eletroconvulsiva que é usada em casos mais graves e somente quando outros tratamentos foram ineficientes ou não puderam ser utilizados.



sábado, fevereiro 18, 2012

Alcoolismo

264736 medicina41 Bipolaridade: Saiba como Tratar a DoençaO alcoolismo não é tão difícil de curar. O difícil é fazer com que as pessoas entendam do que o alcoólatra precisa.

Não se sabe quem é mais teimoso: quem bebe ou quem implora ao alcoólatra que pare de beber.
(...)
Há pessoas que, quando bebem, dizem coisas sem nexo: são os bêbados briguentos, os sentimentais, etc. O que acontece com eles é que os sentimentos reprimidos no dia-a-dia “explodem” quando a consciência deixa de censurá-los, porque o receptor cerebral ficou entorpecido pelo álcool.

O bêbado sentimental é aquele que tem acumulado dentro de si motivos para chorar, mas que reprime essa vontade pela autocensura “que considera vergonhoso ou feio chorar”. Deixando de se reprimir, extravasa seus sentimentos e... chora.

O bêbado briguento é aquele que vive sempre com muita raiva mas não a expressa, pois acredita que um cavalheiro que se preza não fica zangado e nem grita à toa. Por isso, reprime o sentimento de raiva e finge serenidade mas, na realidade, está “fervendo” por dentro. Em certas ocasiões pensa em pegar objetos e atirá-los, porém, acha que tal procedimento é muito vergonhoso para um cidadão civilizado e contém-se, reprimindo essa vontade.


Tais sentimentos ficam apenas confinados, não desaparecem.
Portanto, quando se ingere bebida alcoólica, ocorre a inibição da autocensura e o indivíduo passa a dizer coisas sem sentido, a jogar objetos, a implicar com as pessoas que o cercam por motivos fúteis e a resmungar bobagens.


Tal comportamento não é o resultado da bebida em si, mas dos sentimentos nutridos e acumulados na mente da própria pessoa, os quais são liberados em conseqüência do
entorpecimento do cérebro.
(...)

Em geral, as pessoas são alcóolatras e não sabem, pois tem-se a ideia de que o alcoolatra é aquele que ingere álcool todos os dias e nem sempre é assim.

As pessoas que abusam do álcool, são geralmente muito sensitivas, são do tipo que absorvem os sentimentos que existem à sua volta e não conseguem separar o que é seu e o que é do outro. Ficam confusos, tristes quando sentem a maldade e/ou tristeza advindas de outras pessoas.

sexta-feira, fevereiro 17, 2012

Depressão Masculina: uma cilada invisível


 Elvis Presley, in his early years. Elvis Presley is featured in Rock through the Pages at Simply Art
 Profissionais de saúde estimam que quase 10 milhões de homens no Brasil sofrem de depressão. A maioria deles é capaz de admitir que a vida "está sem graça", mas só uma minoria ousa reconhecer que há algo errado com suas emoções. Isso seria visto como sinal de fraqueza, "coisa de mulher".
 Historicamente, ainda que de forma equivocada, o homem se vê como o grande caçador, guerreiro, que nunca pode distrair-se ou fragilizar-se. Mas, em termos mundiais, os homens tentam o suicídio quatro vezes mais que as mulheres – e com maior possibilidade de sucesso.
 Durante muitas décadas, talvez séculos, a sociedade tem visto os sintomas da depressão como "femininizados" e então temos sido induzidos a pensar que a depressão é "um problema de mulher". Não estamos dispostos a aceitá-la nos homens, a menos que vejamos claramente neles a mesma série de sintomas.
 O problema é que os sinais da depressão normalmente observados na mulher são menos comuns nos homens. Os percebemos nas mulheres principalmente quando exploramos os seus sentimentos. Nos homens, é prestando atenção à sua conduta. Resumindo: as mulheres sentem a sua depressão; os homens atuam com ela .
 As estatísticas mostram que, para cada duas mulheres, há um homem com depressão. Quando as mulheres sentem-se tristes, buscam contato com amigas ou procuram algo alternativo; enquanto os homens libertam a sua depressão através da frustração, isolamento e da ira. Tornam-se irritáveis, enfiando-se na sua "concha" e dando aos seus próximos "o silêncio como resposta". É este disfarce que caracteriza a depressão masculina.
 O que os difere não é a vulnerabilidade à depressão, mas a capacidade de admiti-la. Enquanto as mulheres vão ao médico nos primeiros sintomas da doença, os homens só procuram tratamento quando a depressão já está em estágio avançado; o que configura um comportamento de alto risco: a depressão amplia para mais que o dobro de chances do homem desenvolver doenças cardíacas, câncer, diabetes e outras doenças, além de provocar um envelhecimento masculino mais acelerado e deficiência de testosterona.
 Ser despedido do trabalho pode ser tão devastador como a morte de um pai. É a personalidade histórica do homem: o grande caçador e provedor, que nunca pode se deixar abater.
 Na depressão, boa parte dos homens recorre ao álcool para camuflar a tristeza e seu uso constante só faz agravar os sintomas problemáticos. Outros recorrem ao fumo, às drogas, ao sexo compulsivo.

 As esposas, mães e filhas de homens deprimidos necessitam de toda a ajuda que possam receber para superar essa dificuldade, pois é muito difícil este convívio. Eles também frustram e perturbam aqueles que mais os amam. É como se sentissem necessidade de culpar alguém pela sua depressão, e aqueles que mais os amam são os alvos mais fáceis.
 O que de melhor elas podem fazer pelo ente deprimido é, sem dúvida, comunicar amor e aceitação com todas as forças que possam, porque ele não escolheu estar deprimido. As mulheres necessitam compreender que a má conduta do homem tem como causa da sua depressão e não ele próprio.
 É importante que os homens saibam que a depressão não é um sinal de fraqueza, mas sim um problema de humanos, para o qual há atendimento e tratamento.
 Ignorá-la ou não aceitá-la é, certamente, a pior alternativa.
 * Alessandro Vianna - Psicólogo clínico

quarta-feira, fevereiro 15, 2012

Aprendendo a viver



"Ver que eu não preciso me misturar para me envolver. Que eu não preciso me perder para encontrar.
Que eu não preciso me defender para oferecer proteção, que eu posso sim, ir ao encontro dos outros e da vida,  com a paz de quem está aprendendo a se respeitar, sem deixar de levar no coração e no rosto o meu buquê de sorrisos."

Ana Jácomo

sexta-feira, fevereiro 10, 2012

Você é livre



"Mente é casa que não tem paredes, mas nos acostumamos a viver como se tivesse. E, não é raro, passamos temporadas no cômodo mais apertado"
Ana Jácomo

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

Ilusão de estimação



Tem gente que adora bichinho de estimação. Até aí tudo bem, mas ilusão de estimação?!!!!

Conheço pessoas que se iludem pois vivem esperando os outros, ou seja, esperam que alguém vai aparecer e tirar elas do sofrimento.
E quando acontece algo de errado fica mais cômodo, porque buscam logo alguém para culpar.

Maria tem uma relação que já vai para 10 anos. É um tal de assume não assume.
Toda vez que ele quer viajar e curtir com os amigos, ele inventa uma briga com ela, e usa os defeitos de Maria para responsabilizá-la pelas brigas.
Resultado: ela acaba se sentindo culpada. E como não sabe lidar com as frustrações põe a culpa no seu corpo, dizendo o quanto ela está gorda, porisso João não a quer. E culpa ele explicando o quanto ele é imaturo para a vida a dois.

Maria não se abre para mais nada na vida, pois ele está no centro de seu mundo. Todo natal ela espera que ele a peça em casamento.

De tanto esperar,  inventou que não quer mais casar, e diz que casamento nem é tão importante assim, que a religião que ela segue não obriga a casar e que não é o casamento que vai  provar o amor dele por ela.

O detalhe é que ela sempre sonhou em se casar com quem fosse seu amor. Isso é o seu sonho.
Agora ela deixou de priorizar o seu sonho e diz palavras que são dele entende?
É ele que não valoriza o casamento e não ela.
Outro detalhe é que talvez ele não valoriza o casamento com ela, pois não gosta de mulher pixe.

Sou a favor do casamento feliz, mas não é para isso que estou chamando atenção.
Chamo atenção para o fato de que


Quando ela me pergunta o que fazer então eu digo: tire o cara do centro de seu universo e ponha-se no lugar

Vamos entender o que é ser o centro do seu Universo: é ter uma vida pessoal tão rica, legal e gostosa quanto os momentos ao lado do seu amor.
É trabalhar onde você gosta, ter amigos interessantes, ter seus hobbies, bichos de estimação, dar atenção ao próximo, ter momentos pra curtir seu corpo sozinha(o), trabalhar sua espiritualidade, ter projetos, criar metas para realizar seus sonhos, cuidar da casa etc etc.

 Sim, isso é amor-próprio porque é o caminho para uma maior valorização. Quem se sentiria meia-boca com uma vida tão rica como essa?

Quando Maria ficar expert em fazer tudo isso, certamente não terá tempo para grudar no cidadão (muito menos para ter ciúmes ou insegurança).
Grudará cada vez mais em si mesma e nas incríveis e diversas possibilidades que a vida nos oferece.

Não é obrigação do outro me amar. Ele o faz se assim quizer.
Me amar é minha responsabilidade.

Mas por que Maria não descobre logo isso?

Porque ela tem uma ilusão de estimação e simplesmente não consegue suportar a idéia de que João pode de repente pode não amá-la do jeito que ela quer.

E que talvez seja ela que tenha que deixá-lo, pois ele não valoriza as mesmas coisas que ela.
Isso poderia ser tão libertador que até João se sentiria premiado em ter uma mulher que sabe o que quer e valoriza as suas prioridades.

Alimentar a ilusão de estimação é esperar que o outro nos ame, nos entenda, nos satisfaça, ao invés de descobrir nossas falhas, encarar nossos medos, fraquezas, mesquinharias, incapacidade de amar.

Culpar os outros é ficar esperando na impotência, que façam algo, que mudem, que se transformem para nos atender.

E você qual a sua ilusão de estimação?

Resolvi  fazer uma enquete sobre isso, deixe seu comentário.

O filho do outro é um presente

  Se você se relaciona com alguém que tem filhos saiba que tudo que esse filho traz junto com ele é, de algum forma, um tipo de aprendizado ...