"Penso em me
separar da minha mulher, mas não quero magoá-la o que devo fazer, pois não sinto mais o mesmo de antes, não quero que ela sofra.."
O que tenho a dizer sobre isso?
Ninguém acorda pela manhã com a descoberta de que deseja se separar.
Isso é um processo, vamos nos percebendo aos poucos. Quem passa por essa experiência se submete a um recolhimento reflexivo aflitivo porque muitas vezes não consegue aceitar facilmente a realidade de seus sentimentos.
E até que perceba a impossibilidade da continuidade da convivência, vai-se vivendo o luto da perda de um amor, dos planos, dos projetos em comum.
Quem deixou de amar também perdeu um amor e passa um longo tempo muitas vezes se culpando, antevendo a dor de seu parceiro, desejando evitar que ele se magoe.
E muitas vezes, na tentativa de negar que os sentimentos apenas se esvaíram, na crença de que é preciso haver um motivo mais contundente para a separação, que não basta que o amor e o desejo tenham se esgotado, cometem-se equívocos.
Vilão e vítima
Comete-se o engano de acreditar que quem saiu da relação "está numa boa". Este é visto como o vilão da história, aquele que provoca o sofrimento. Mas não é bem assim que acontece...
Numa relação, que começou com a intenção de que fosse o mais duradoura possível, é claro que ambos caminham na direção de solidificar o casal. Espera-se que o amor seja para todo o sempre e por mais que se fique atento à evolução do relacionamento, o amor, o tesão, o interesse por perpetuar o vínculo pode acabar de um dos lados. Às vezes acontece de ambos irem perdendo o interesse gradualmente e quase ao mesmo tempo. Mas tenho visto muitos casos onde esse desinteresse é unilateral.
É um engano acreditar que quem deseja se separar "está numa boa". A diferença entre que sai e quem fica é que quem sai vive o luto antes da efetivação da separação."A diferença entre que sai e quem fica é que quem sai vive o luto antes da efetivação da separação."
E acrescente-se aí toda a coragem necessária para comunicar ao parceiro e administrar com equilíbrio os desdobramentos dessa decisão.
Cada qual à sua forma e nos seu tempo, vive a dor da perda, e passado o primeiro impacto é sempre bom ter consigo que nas relações de afeto não existe certificado de garantia e muito menos prazo de validade.
Este último trecho é da Psicoterapeuta Celia Lima
Boa noite Lorena, há muito não passava por aqui.. e por coincidência ou não, encontrei este texto que me fez pensar muito na minha vida.
ResponderExcluirSe o leitor queria uma opinião, digo que levamos as vezes tanto tempo só adiando uma situação na qual já sabemos o final. E ficamos cristalizados arrumando desculpas p nos acovadarmos diante de nossa responsabilidade de crescer e deixar o outro crescer também.
Um abraço
Sinceramente??? Dificilmente sei a hora de partir, deixo p o outro a responsabilidade da partida...
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