sexta-feira, janeiro 20, 2012

Será que você quer mesmo mudar?



Muitos de nós obtém mais ganhos se mantiver o status quo do que se partir para a mudança. Sabemos, sentimos, queremos mudar.
Não gostamos do modo como as coisas estão, mas a perspectiva de causar transtorno na nossa estabilidade e no que nos é familiar é muito assustadora.
Obtemos "ganhos" secundários com nosso sofrimento e não podemos nos arriscar nos livrar deles.
Lembro-me de uma conferência do qual participei. Um casal de idosos se apresentou. A mulher se locomovia com a ajuda de um andador, e o marido, com quem estava casada há muitos anos, segurava os braços enquanto ela andava.
Fisicamente não havia nada de errado com seu corpo que justificasse sua incapacidade de andar.
Um dos conferencistas com vasta experiência iniciou seu trabalho com ela, demonstrando o quanto suas pernas eram perfeitas. Sim, ela conseguia andar perfeitamente. Mas toda tentativa foi em vão.

A explicação é que havia muitos ganhos assegurados com o fato de ter o marido a seu lado, cuidando e realizando as vontades dela.

Muitas pessoas se utilizam de enfermidades para perpetuar relacionamentos, mesmo à custa da liberdade e autonomia.
Isso é uma das grandes forças dissuasivas do progresso na psicoterapia. É algo inconsciente, onde há mais gratificação na perpetuação do que no abandono da dependência.

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