A primeira
vez que ouvi a expressão “problema bom”, a princípio incoerente, foi durante
uma entrevista concedida pelo então treinador da seleção brasileira de futebol,
Telê Santana, referindo-se ao fato de ter pelo menos 18 jogadores em condição
de serem titulares e só poder escalar 11. “Isto é um problema bom”, disse ele,
“ruim seria não ter tanto craque à disposição”.
Desde então
venho aplicando esta “filosofia” na minha vida.
Em
fevereiro passado fui fazer uma palestra para a abertura do semestre letivo em
uma grande Universidade privada no Amazonas. Degustando um delicioso “Tucunaré
na telha” com alguns diretores da mesma, logo após o evento, ouvi de um deles a
reclamação: “Estamos com problemas. Este ano entraram tantos novos alunos que
estão faltando salas de aula”. Que probleminha bom esse! Ruim seria não ter os
alunos necessários para completar as salas.
Tem outra.
Um amigo confidenciou-me um dilema: vai fazer um curso no exterior na mesma
semana do aniversário de 25 anos da filha, que faz questão da presença do pai.
“Estou com um grande problema”, ele me disse. E eu retruquei: “Tá sim, mas com
um problema bom. Ruim seria a sua filha não fazer a menor questão da sua
presença na festa”.
Experimente
pensar assim. Sempre que surgir um problema (e eles vão surgir,
inevitavelmente) tente descobrir seu lado bom. Além de ser um grande
aprendizado, provavelmente vai deixar sua vida mais leve, recheada de bons
problemas.
Jorge Mauricio de Castro
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